2015/2016
CONCURSOS 2015/2016
Concurso Nacional de Leitura
2ª Fase Distrital, Barcelos
Um dia marcado pela intensidade do convívio e das emoções. Parabéns aos nossos alunos selecionados ( Marcelo Oliveira, 7º D; Inês Mamede, 8ºB; Eva Ferreira, 9ºB).
O nosso bem haja à organização que primou pela excelência do acolhimento e da organização.
Concurso Literário da BE
" Sentar e Criar"
Partindo das figuras elaboradas pelos alunos do 7º ano, na disciplina de Francês, a propósito da caraterização física e psicológica, os alunos são convidados a ocupar o sofá azul e a dar asas à imaginação, criando uma história.
Mais uma iniciativa da BE, que aposta na interdisciplinaridade/articulação e na graciosidade cromática das personagens, ansiosas por ganharem vida no universo da narrativa.
Trabalhos Vencedores- Concurso Vergílio Alberto Vieira - "Escritores do Minho"
Ilustração de Francisco Pereira, JI da Cruz
O Camaleão Preguiçoso
Era verão.
Na selva, que parecia uma pintura de cores quentes, vivia um camaleão que era muito preguiçoso.
Ele não queria trabalhar para ter a sua própria sobrevivência. Sempre que outros animais caçavam algum inseto apetitoso, o camaleão ficava à espreita até terminarem essa caçada. Primeiramente, camuflou-se de arbusto, perseguiu os caçadores para ver onde eles escondiam os seus insetos e, quando adormeceram, deliciou-se a comer os petiscos dos outros.
Todos os dias, ao amanhecer, os “caçadores” deparavam-se com o mesmo cenário: os seus alimentos tinham desaparecido.
Irritados, furiosos e cansados de trabalhar tanto para, no final do dia, nunca ter nada, decidiram construir uma armadilha discreta para apanhar o ladrão desprevenido.
Nessa mesma noite, os animais resolveram esconder os alimentos recolhidos entre as pedra de um rochedo gigante que ficava mesmo no meio da selva. Com um espaço tão estreito e pequenino, os animais estavam convencidos de que na manhã seguinte, o ladrão estaria encurralado nesta armadilha tão bem preparada.
Na manhã seguinte, os animais saíram das suas tocas entusiasmados com a ideia de ter descoberto o tão famoso ladrão. Mas, num ápice, a felicidade desapareceu: o ladrão tinha conseguido escapar mais uma vez. Os animais ficaram incrédulos com a fuga do suspeito, pois acreditavam não ser possível tal desfecho. O que eles não sabiam é que o ladrão era o camaleão, que mais uma vez se camuflou da cor da rocha e, com a sua destreza e habilidade, foi capaz de voltar a enganar os outros animais.
Ainda não refeitos de tal “desfeita”, os animais da selva resolveram montar uma segunda armadilha. Colocaram uma janela falsa com cola e, na parte de trás, colocaram uma cesta repleta de deliciosos insetos.
Nessa mesma noite, e como acontecia em todas as noites, o astuto camaleão avistou a janela e prontificou-se de imediato a roubar o que não lhe pertencia.
Mas desta vez o cenário mudou: o atrevido ladrão não escapou não! Ficou espalmado contra a falsa janela e de lá não conseguiu sair.
Pela manhã e como era habitual, os animais saíram para uma nova jornada de trabalho. Tudo à volta parecia ganhar vida quando avistaram algo estranho junto à armadilha.
Aproximaram-se devagarinho, pé ante pé, da janela e, para surpresa de todos, o verdadeiro ladrão era o camaleão!
Ninguém queria acreditar! Todos sabiam que o camaleão era o rei da preguiça mas estavam longe de imaginar que seria capaz de roubar.
Após o sucedido, todos os animais da selva reuniram-se em assembleia para decidir qual o castigo a aplicar ao verdadeiro ladrão.
Em voz alta, o rei da selva anunciou a decisão tomada: o camaleão teria de caçar todos os dias e tudo o que caçasse seria distribuído por todos os prejudicados.
E assim foi …
O camaleão cumpriu o castigo e todos os dias se sentia arrependido da sua atitude. Conseguiu compreender que roubar não compensa e que ser preguiçoso também não!
Um dia poderia precisar e ninguém estaria disponível para o ajudar …
Conto inédito elaborado por alunos do 4º ano de Escudeiros: Diogo Marinho, Gonçalo Pereira, Mafalda Gomes e Paulo Oliveira